25 maio, 2008

"É um andar solitário entre a gente"

Debaixo do céu repleto de estrelas a menina solitária se desconectava. Ao longe o som de vozes femininas e, em sua cabeça, ao longe o pensar seguia.

Era noite e o cricritar dos grilos a envolvia. A menina não estava sozinha, ela se sentia solitária, o vento, a brisa leve a envolvia, algum farol a mirava.
Minutos antes arquitetara um plano, mas não colocara em prática, entrou e saiu várias vezes da sala, no entanto não tivera coragem de ser direta, objetiva. Saíra sozinha, caminhara para algum lugar onde pudesse estar só e pensar, ou escrever de si para consigo. Continuava o cricritar dos grilos, as vozes, ao longe, também permaneciam. Ela?! Ah, ela só refletia a que levaria, onde chegaria, que solidão! Que busca! Que medo!
Derrepente o som de uma moto ao longe, no momento que some, o lápis pára, o pensamento vai em outros lugares, quem sabe as estrelas... Quem sabe o vento... Quem sabe os grilos... Quem sabe as vozes... Quem sabe... Quem sabe...

11 maio, 2008

Levanta e segue...


Uma voz em meio ao silêncio, um sentido que nos avisa, princípios que nos alertam, quedas, tropeços, arranhões. Lições para uma vida e aprendizados para a eternidade, mas ainda assim erramos, falamos coisas, desejamos coisas e no fim, caímos, somos feridos "de morte", mas a regra é caminhar e se caiu, a de se levantar, mesmo que o coração esteja tão estraçalhando, mesmo que a mente só queira dormi, esquecer, sumir, morrer... Ainda assim é preciso caminhar... Sem ninguém para culpar, sem ninguém para acalentar, a dor é minha, a dor é sua, é só minha e pode ser só sua, mas sei, fui eu, sim, fui quem errou, agora é seguir e tentar abrir novamente o coração...


Em um dia onde as palavras ajudariam, onde alguém para escutar acalmaria, mas certas coisas melhor esquecer, guardar no fundo, no mais íntimo e esperar sumir, evaporar...