31 janeiro, 2008

Era Noite... Mas era dia...


Um dia cinzento... Eu gosto dos dias cinzentos, aqui constantemente são dias amarelos, então os dias cinzentos são bons, trazem paz para meu espírito e quando eles se prolongam me fazem valorizar ainda mais os dias amarelos... E quando a chuva cai... Ah a maravilha da chuva...

Quisera eu que todos os dias fossem cinzentos, mas se assim o fosse eu iria querer todos os dias amarelos... Mas eu gostos dos dias cinzentos e do vento gelado!

26 janeiro, 2008

Na falta do que fazer... Escrever!


Cidade interiorana, pequena... E é por isso que me sinto abafada, sufocada, certo dia eu disse o que não pensava jamais dizer: “_Janaúba já não me cabe mais”... Eu adoro a tranqüilidade das pequenas cidades, sim, amo, amo “roça”, fazenda, sítio, rio, mas começo a ver que meu mundo é bem maior do que eu pensava, a leitura, os vídeos, a internet já não me preenchem mais, tenho mais vontades, puxa, meu sonho é poder arrumar uma bolsinha, botar alguns apetrechos úteis e ir à biblioteca, fazer o quê? Bem, me maravilhar com a imensidão de livros, sentar em uma cadeira e ficar horas analisando-os, sem que ninguém fique me encarando... Depois ir ao museu, me fascino com museus e a noite, em um fim de semana, pegar um cinema, acompanhada ou sozinha mesmo, tanto faz, mas bem, vejamos, tem uns 3 anos que fui ao cinema, isso porque fui para Belo Horizonte fazer uma prova, daí para fazer valer a pena: cinema, restaurante chinês, Shopping, é... Ficou por aí, a última vez que fui ao Shopping foi quando fui à Brasília, coisa rápida, sempre vou lá correndo... Não que eu preze a correria das cidades grandes, aff, tem dias que eu faço tudo lento, mas eu gosto de me manter ocupada, deve ser por isso que minhas colegas reclamam tanto em não me achar em casa, é porque em casa sobra pouca coisa para fazer, daí eu invento mesmo, não tem Shopping, mas tem o Centro Espírita, vou para lá organizar os livros da biblioteca... Não tem restaurante Chinês, então vou atormentar alguma amiga, comer, tomar café ou comer pipoca, sem esquecer o queijo, o problema é que desde que a Rosa, a Paula e a Mari foram embora eu me privei disso, teve gente que disse que eu não posso me aproximar de ninguém, porque logo em seguida elas vão embora, daí eu resolvi me aproximar de mim para comigo, quem sabe eu vá embora?!... Bem, não tem museu, mas tem as escolas, as creches, pena que agora nas férias não há muitas opções.
Um dia quero voltar aqui para passar férias e não tentar arrumar grana para passar férias longe daqui... Venham conhecer Janaúba, aqui é gostoso... Mas depois de um mês você pode se senti entediado de freqüentar os mesmos bares, ver as mesmas pessoas... Eu gosto de ver o mundo, de viajar...

23 janeiro, 2008

O ciclo da vida...

Uma fazenda, um sítio, lugar ideal para se passar a infância... Recheada de primos e primas, formando vínculos, laços eternos que vão além do parentesco. Uma brincadeira aqui, uma briga ali, uma panelinha, uma casinha, uma guerrinha de banana, ou de manga, talvez de umbu, vai depender da época do ano e quais frutas estarão apodrecendo no chão, ah, a infância, a molecagem, os primos e os tios... Os tios na varanda jogando conversa fora e vigiando as crianças, contando causos e casos, estórias macabras de mula sem cabeça, de bruxa e até lobisomem... Os tios punham medo, deviam ter medo de a gente embrenhar-se na mata a noite e a gente ouvia: “_Oxente minini, fica, ora que o lobisomi aparecer tu aprende!” O Tio Zé da Tia Coca, mais o Tio Luiz da Tia Andromédia tocavam as modas de viola, dois baianos arretados na noite enluarada na varada de nossa casa na fazenda, o Tio Zé só aparecia nos feriados ou nas férias, o Tio Luiz e a família moravam lá no fundo da nossa casa, na fazenda com a gente, depois foram embora e voltavam nas férias e nos feriados...

O tempo passa, a fazenda já não existe mais, caminhos são escolhidos, os primos já não brincam de casinha, construíram a sua própria casa e cuidam de seus filhos, os Tios, bem, os tios adoram os netos, aparecem quando alguém adoece, ou para dar um oi quando a saudade realmente aperta, ou talvez como hoje, para darmos até logo ao Tio Zé da Tia Coca que se foi para o outro lado, para o Plano Espiritual... E fica aquele vazio, algo como: “Devia ter ido mais na casa dele, mesmo depois que a Tia Coca desencarnou, deveria ter estreitado os laços.” Mas ele se foi, deixou 4 filhos órfãos e 3 netos, mas foi ao encontro da Tia Coca que o antecedeu há cerca de 7 anos... É ele já foi...

“Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos...” (William Shakespeare)

22 janeiro, 2008

Caminhando e cantando... Somos todos iguais!


6º período de Pedagogia, de lá para cá uma vasta e mínima visão da educação, este mundo fantástico, cheio de altos e muitos, mas muitos baixos. Hoje, prezo muito a educação, muito mais do que há uns anos passados, não porque simplesmente estou nesta área, optei em estar nesta área, mas porque aprendi nas minhas idas e vindas, nos meus altos e baixos que, de fato é na educação que mora a chave da maioria de nossos problemas. Como e porque descobri isso?! Bem, é só abrir bem os olhos, pessoas educadas são mais felizes, elas se educam para uma melhor qualidade de vida, quando a educação começa desde casa, depois na escola e em seguida no próprio ser... É fato, educação, como o próprio nome já diz é o guia que precisamos para alcançar um mundo melhor, para tanto, é preciso que acreditemos e acima de tudo, que queiramos um mundo melhor e eduquemos os nossos filhos e os filhos do mundo para tal.

Educar é um ato de amor e essas palavras não são minhas, são do graduado em Direito e Doutor em Filosofia e História da Educação: Paulo Freire, que também dizia que “O amor é uma intercomunicação íntima de duas consciências que se respeitam. Cada um tem o outro como sujeito de seu amor. Não se trata de apropriar-se do outro.” (Educação e Mudança, 1979.). Amor não só ao ato de educar, mas amor ao cidadão que espera ser instruído e auxiliado em sua formação enquanto cidadão do mundo. Vejo com muita tristeza, muitos professores (que não são educadores) tratarem seus alunos como instrumento de trabalho, se esquecendo que são seres humanos que formarão e construirão o nosso mundo.

Hoje, como muitas vezes, participei de uma capacitação de professores, não, eu não era foco da capacitação, apenas estava ajudando a pedido de uma amiga na parte de instrução a respeito de informática, também não sou Doutora em novas tecnologias, sou instrutora do nível básico, o mais que sei são experiências vividas nessa área e nas minhas ousadias em abrir e manusear meu próprio computador e/ou seguindo orientações via msn de alguns amigos técnicos (rsrsrs)... Bem, voltando ao assunto, estive nessa capacitação, daí vi que a educação, não só pede socorro, ela grita, agoniza e a gente, tem sim agido, mas a passos lentos, a proposta da capacitação era mostrar aos professores sites de busca, como poderiam entrar em contato com seus professores, meio que uma EAD (Educação A Distância), mas ta aí o erro, como professores que mal manuseiam o mouse, não sabem nem onde clicar para abrir a “janela”, não sabem nem como dar o duplo clique, podem aprender em um dia a navegar, buscar informações, anexar arquivos, enfim, utilizar da informática, das novas tecnologias como meio de comunicação e informação? Não sei como e isso me entristeceu, mas o que mais me entristeceu ainda, foi ver que os poucos que sabiam o mínimo, que era abrir, entrar no site, quando terminavam, ao invés de auxiliar seus colegas, não, viravam-se e começavam a navegar em sites de relacionamento, que nada tinham com o tema da aula, tenho algo contra? Não, não tenho, desde que a proposta do curso, da capacitação seja atingida pelo indivíduo, se não queriam ajudar os colegas, tudo bem, mas faltou compaixão para com eles mesmos, porque a alma habitava outro ambiente e o conteúdo apenas era escutado, mas não era assimilado, é uma pena... Mas foi assim, há uma coisa muito errada, gasta-se tanto para tais cursos, capacitações e, pelo que vi, não são bem aproveitados, especialmente quando chega nessa área, as Novas Tecnologias, então deveria começar por aí, atualizar os professores, dar cursos nessa área, instruir...

A sociedade tem tudo haver e muito o que fazer... Hajamos com respeito para com próximo, façamos ao outro o que quereríamos que o outro nos fizesse ou fizesse aos nossos filhos, às pessoas que amamos...

19 janeiro, 2008

Sonhe, mas não seja utópico


Travessia -> Sabe, eu queria começar bem, queria começar com ela, a Elis, a grande Elis... Essa música (Travessia) nos últimos dias tem sido muito mais ouvida por mim do que de costume... Sim, alguém muito amada e querida foi embora, a Marinalva, uma amiga, uma irmã, uma companheira e confidente... Essa música fala do que tenho vivido esses últimos meses, acho que do ano que passou (2007), foram várias despedidas... Ela fala do ser amado também, porque ele, mesmo já estando lá, também se foi... E já dizia o Grande Vinícius de Morais: "Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os."

Mas eu continuo sonhando e fazendo com meu braço o meu viver... Acho que a utopia é que nos ilude, os sonhos não, os sonhos nos movem e por isso carrego no nome a Kelly, a Guerreira...
Lá vai a música:

Travessia - Elis Regina

Composição: M. Nascimento - F. Brant

"Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver
Forte eu sou, mas não tem jeito
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não existo, muito tenho pra falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der, não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar"

Pele e emoção


Bem, acabei de chegar, a Ray é responsável, se der algo errado podem culpá-la, rsrsrs

Pele e emoção... Porque sentir é bom, quando a gente fica muito tempo longe, o que nos motiva é sentir a pele, a emoção de um toque, especialmente no rosto, parece até que um mapeia o rosto do outro e quando longe de novo é só fechar os olhos e ver com a emoção, com a alma, aquela boca, o lugar do nariz... É, pele é emoção... Seja longe ou perto, o que vale é sentir, sentir fundo, com a alma...

Pele e emoção, é uma mistura minha com o mundo, este de perto e esse de longe...